26 agosto, 2007

 

O papel da chamada "oposição política"


Por Luiz Ernesto
Qual será o papel e a função da chamada “Oposição política” em toda e qualquer nação democrática?
Entendo que já se foi o tempo em que era interessante à oposição apenas criticar, apontar simples falhas e/ou erros do governo. O que, convenhamos, em nada contribui para a solução dos problemas, impossibilitando visualizar e trilhar outros caminhos.Isso acontece porque a letargia domina o quadro político brasileiro.
Mas nem o governo nem seu partido (ou seus aliados) são os únicos responsáveis. A oposição, ou a falta de oposição, contribui decisivamente para a instalação de um ambiente desolado e desanimador, no máximo interrompido por breves e burocráticos resmungos.Hoje, os cidadãos buscam algo diferente. Almejam com que seus problemas do dia-a-dia sejam resolvidos, ou no mínimo, amenizados. E que seus proventos sejam suficientes para satisfazer as suas necessidades elementares.
Além disso, é imperioso que sobre algo para o tão almejado lazer; primando-se ainda pelo acesso a uma soberania estrutural em áreas estratégicas, a exemplo da Segurança, Educação e Saúde. O sonho coletivo "é que se desenvolvam quesitos básicos para uma vida digna de qualquer ser humano". Todos nós já nos cansamos dessas famosas ladainhas...
A “oposição”, enfim, não passa, na maioria das vezes (com raras exceções), de meras críticas irracionais, restritas a um grupo geralmente isolado, em função das idéias destoantes que seus membros apresentam e querem fazer prevalecer. Nada têm a discutir ou propor, a bem da verdade, apenas tumultuar. Infelizmente, esse é o retrato dos nossos partidos de “oposição”, cuja tendência predominante é ser contra o sistema que se encontra praticamente perpétuo no poder.
Nada mais acontece, sendo preciso repensar o papel opositor no século XXI, reformulando-o em seus ideais e diretrizes.Não cabe a um governador eleito pela oposição confrontar-se com o governo central. Nosso frágil federalismo, ao contrário de muitos outros, torna impossível a vida de um governo estadual independente (que o diga o nosso Prefeito Wilson Santos).
É no Parlamento (mesmo nos regimes presidencialistas) que, teoricamente, se confrontam as idéias e ações dos partidos que representam o povo.
Enfim, ser “oposição” é possuir o poder de enxergar o que se passa ao nosso redor com olhar crítico, agir com atos pensados, assumir o que de bom foi feito e saber apontar saídas para o que de errado está.
Radicalizar, fazendo reviravoltas ou apenas protestando, não acrescenta nada para o desenvolvimento, somente contribui para o retrocesso do que foi conquistado. Portanto, a conquista de nossas melhorias somente poderá ser atingida se os erros forem corrigidos e os acertos aprimorados.
É de suma importância a “oposição” passar a atuar de nova forma, agindo de maneira mais condizente com a realidade a qual atravessamos. A “oposição” necessita atravessar por uma profunda reforma, que transforme sim seu modo de pensar, mas que mantenha a sua perseverança em lutar por um País, um Parlamento melhor...

Luiz Ernesto é cuiabano, funcionário público aposentado é diretor de Comunicação da Afemat (Associação dos Funcionários da Fazenda de MT)





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