08 fevereiro, 2009

 

Partidos politicos: agora todos iguais

Por Luiz Ernesto Barreto


Os jornais do final de semana, em sua grande maioria, trazem matérias políticas sobre a tal divergência do Partido da Social Democracia Brasileira -PSDB, na definição do seu candidato em 2010, à presidência da Republica.

Tido como o maior partido da oposição, o PSDB, segundo esses analistas políticos, nos últimos dias, promoveu diversas reuniões da sua direção, inclusive, com a participação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, visando aparar arestas com os prováveis candidatos, os governadores Jose serra (SP) e Aécio Neves (MG).

Ainda segundo os jornais, Serra empreendeu algumas ações políticas que fortaleceram a sua posição como candidato:

1) conseguiu convencer o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin a assumir uma das mais importantes secretarias do seu Governo, a de Desenvolvimento que contará com fartos recursos para trabalhar. Esta medida apazigua parte do PSDB paulista que se encontrava rachado desde o evento da eleição do Gilberto Kassab ( DEM-SP), quando Alckmin praticamente foi abandonado por Serra e seus aliados na disputa pela prefeitura de São Paulo;

2) Tem feito acordos com antigos desafetos políticos como, por exemplo, o Orestes Quércia ( PMDB-SP), lembrando que este, foi um dos motivo do nascimento do PSDB, em 1988, justamente com um discurso anti-Quercia;

3) Serra ainda tem trabalhado para que o PSDB apóie a candidatura de Sarney à presidência do Senado (reatou as relações com o líder do partido Senador Arthur Virgilio) com quem andava estremecido politicamente, tentando com isso, amenizar os estragos causados à família Sarney pelo episódio da operação da policia federal em 2002, a mesma que detonou a candidatura de Roseana Sarney e que era creditado a ele.

Com estas ações, Serra espera contar com pelo menos parte do PMDB numa eventual campanha a presidência. O Ex-presidente Fernando Henrique, costuma dizer que em “política existe fila”. Com isso tenta fazer Aécio entender que, sendo bem mais novo que o Serra, sua vez por certo chegará, que o tema central da próxima campanha presidencial será a economia, assunto em que Serra é mais preparado que ele e, ainda, que Serra deve fazer o acordo com Aécio de que trabalhará pelo mandato de cinco anos e pelo fim da reeleição, e que o Governador mineiro teria forte participação na formação da equipe do futuro Governo Serra.

Essas e outras posições foram repassadas ao presidente do partido, o Senador Sergio Guerra, para que procurasse o Governador Aécio Neves para uma conversa. Ainda, segundo os jornais, o Governador mineiro recebeu muito mal a nomeação de Geraldo Alckmin, informando que ainda esta no páreo e que percorrerá o país em campanha pela realização de prévias para escolha do candidato.

De toda essa análise, sobra para mim uma dúvida, Fernando Henrique não se manifestou sobre essas ações políticas do Serra, aprovando-as ou desaprovando-as? Parece que o PSDB acaba de ser incluído na igualdade de todos os partidos, qual seja: pela tal governabilidade vale tudo, pela expectativa de poder, então nem se fala. Vale tudo e um pouco mais. Pelo silencio do presidente de honra, FHC, ele concorda com a tese. Não importa se com Sarney, com Renan, com Quércia, e sabe-se lá com quem mais... e querem crucificar o Aécio por aproximação com o PT.

Pode? É, portanto a vala comum de quase todos os partidos.

Ah! Uma coisinha só: no PSDB daqui de Mato Grosso a tese começa a fazer escola!

Eu hem? Vamos observar.


This page is powered by Blogger. Isn't yours?