15 abril, 2008

 

ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Os últimos tempos em nosso Estado tem sido lugar comum a discussão sobre a possível mistura do Público e do privado do Governo de plantão.

A concessão de benefícios fiscais, bem como construção de estradas que beneficiariam principalmente as empresas do Governador são algumas delas.
Me parece, uma discussão de Ética na Administração Publica. Do que é legal e do que é moral.

Vou meter minha colher de pau nessa história como diz o cuiabano.

Falar sobre ética é fácil. Aliás, como é fácil também nos depararmos com pessoas discursando sobre o tema como verdadeiros especialistas. Por isso, talvez é salutar estarmos sempre anunciando sua ausência, ou melhor, sua quase inexistência, no mundo real, revelando quão carente de ética encontra-se nossa sociedade.

Estamos vivenciando um novo tempo no qual a sociedade cobra transparência das atividades públicas, políticas e administrativas bem como daquelas atividades privadas que tenham repercussões públicas, a fim de que atendam às características e às propostas democráticas que pregam essa ética e direito.

As relações entre ética e a Administração são, em certas ocasiões, realmente problemáticas. Necessária se faz, portanto, uma reflexão sobre a natureza moral da atividade administrativa.

Ética e Administração como organização abriga tanto objetivos públicos quanto pessoas com seus respectivos fins privados, dando origem a diversos conflitos de interesses.

Dessa forma, a reflexão ética sai do espaço teórico e encontra seu lugar na reflexão crítica de todo e qualquer cidadão consciente de seus direitos e deveres políticos e sociais.

Como cidadão brasileiro, tenho sistematicamente acompanhado pelos meios de comunicação desde a falta de respeito aos princípios éticos mais elementares até os graves atos de corrupção, seja na prática profissional dos servidores da Administração Pública, seja na prática profissional dos agentes políticos dos diferentes poderes, esferas ou níveis de governo, ocorridos em nosso país e em outros.

Não obstante, verifica-se uma conivência de interesses políticos com interesses privados. Dessa forma num piscar de olhos, somos levados a suspeitar de que a condução política poderia estar dirigida para a consecução de ocultos interesses, econômicos e financeiros.

As diferentes formas de organização social, e suas correspondentes formas de poder, são responsáveis pelo divisor entre o público e o privado, que, uma vez estabelecido, haveria de ser observado.

Grupos politizados, comunidades organizadas, imprensa comprometida com o avanço e com a consolidação da democracia, diferentes segmentos sociais, econômicos, e até mesmo sindicatos de categorias de trabalhadores, articulam-se e influenciam à reflexão do tema.

Com efeito, torna-se indispensável, para a melhoria do nível moral da sociedade, continuarmos a instigar e manter acessa a participação dessas organizações sociais, uma vez que estamos no tempo das responsabilidades e não só das exigências.

No caso da imprensa de nosso Estado, intriga-nos porque em algumas denuncias graves, manifesta-se apenas após publicada por meios de comunicação dos grandes centros.

Me parece que no caso de Mato Grosso, apenas parte dessas organizações estão a cumprir esse papel, para termos esclarecido de vez por todas, se o divisor do publico e do privado tem sido observado, ou se realmente temos um caso concreto de ilegalidade e imoralidade.

Portanto mãos a obra todos nós.

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