17 fevereiro, 2006

 
O REI MAGGI

O artigo do meu amigo Pedro Lima no Jornal Folha do Estado do dia 18/02/05 “ intitulado “CAUTELA E CALDO DE GALINHA”, como todos os outros de sua lavra que abordam a nossa política tupiniquim, fez-me novamente registrar reflexões políticas de que a muito tomam-me o tempo nas minhas simplórias leituras do nosso quadro político regional. Me esforço para ficar longe das chamadas “pitadas” políticas mas não consigo. Sou cuiabano, mato-grossense, filho, neto, bisneto de político, não tem como ficar fora dessas “discussões”, está no sangue e na cidadania.. Uma conversa, aqui, outra ali, uma liderança política aqui me diz uma coisa, outra ali me diz outra e como bom observador, começo a juntar tudo e me arrisco a opinar como agora o faço. Mas vamos ao que interessa.

A democracia nos ensina que o bom governo precisa ter uma ótima oposição.. O que temos no meu querido Mato Grosso? Um grupo político que amargou uma esmagadora derrota nas últimas eleições majoritárias e que ficou como costumamos dizer : igual cego em tiroteio. Não sabe para onde vai. E o pior. Esse grupo político utilizou nessas eleições as suas maiores lideranças na disputa. Todos foram derrotados. Não cabe aqui a análise dos motivos da derrota.
Quero aqui apenas chamar à atenção para o compromisso que todo político que se diz partidário e idealista deve ter de liderar os seus comandados quando é vencedor e também quando se é perdedor no pleito eleitoral.
Quando digo comandar estou dizendo assumir postura responsável de líderes oposicionistas e ser o expoente das discussões maiores que se deve travar na busca de soluções para os problemas que o povo enfrenta.
O governo do sr. Blairo Maggi não é esse mar de coisas corretas que esses mega-empresários transvertidos de salvadores da pátria procuram vender a todos os mato-grossenses. E por que não se ouve uma voz sequer de discordância de procedimentos, metas, objetivos, etc. desse tal governo eficiente e próspero que tanto se prega e propaga. Tudo está perfeito, correto, avançando? Claro que não. Não precisa ser nenhum sociólogo para perceber.
E por que o silencio que só é quebrado nos círculos privados, oportunidade em que ficam valentes e dizem cobras e largatos do Governo? Por que isto não pode ser dito de forma pública, com provas e providências concretas? A que se perguntar isto ao Sr. Dante de Oliveira, ao Sr. Antero de Barros, que sempre se dispuseram a ser os lideres maiores de um grupo político nos momentos em que eram governo e que agora se escondem não se sabe por que, eximindo-se da obrigação de liderarem uma oposição responsável que venha a discutir com a população esse governo tido como inatacável.
Estão a espera da oferta do cargo de vice-governador também como outros? Vocês como costumamos dizer, até nisso Vão cair do cavalo. O grupo empresarial no Governo já sugou o que precisava dos chamados políticos tradicionais para poderem chegar ao poder. Agora vocês são descartáveis também, como o servidor público, e o aposentado. Há apenas cifras nesses lindos olhos sulistas do Sr. Blairo. Querem uma dica seus bóbos xera-xera? Sabem quem é o vice-governador já fechado dos empresários-políticos? È o sr. Otaviano Pivetta.
Ah! mas para o Sr. Dante qualquer eleição mais cômoda para deputado federal já resolve. Subir em caixotes de tomate na praça da república para conversar com o povo cara a cara como fazia, você não topa mais não é? Ah antes que me esqueça: Não espere pelo amigo e compadre dos períodos palacianos. Esses, em tempos de vacas magras é que não vem mesmo. Como diz uma comediante da TV; “Estes já não te pertencem mais”
Vocês já entregaram a rapadura como costumamos os cuiabano dizer.
Pensei que era um grande lider. É apenas mero político dos mais comuns que estamos obrigados a conviver e ter que agüentar.

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